domingo, abril 30, 2006

Crocodilo Invocado


Ninguém deve perturbar o descanso alheio, certo?
Pois é.
Um crocodilo de mais de 4 metros que vive numa reserva natural na Austrália, conhecido como Brutus, ficou estressado com o barulho de uma serra elétrica que um homem usava pra derrubar uma árvore já morta.
O Brutus saiu da água e foi correndo em direção da árvore.
Com medo, o homem largou a serra ainda ligada e correu.
Daí, o crocodilo a pegou no chão e começou a esmagar até ela parar. Depois ficou mastigando a serra já sem vida.
Ninguém ficou ferido.
Apenas a serra ficou imprestável.
Acredita-se que o barulho irritou o Brutus e sua reação foi naturalmente a de fúria.

Acho que vou comprar um filhote do Brutus e mostrar pra minha vizinha funkeira.
Ela só acha de acionar o pancadão ou muito cedo ou muito tarde da noite.

Calma, gente.
Eu só vou exibir o Dilo (até já arrumei nome pra ele, rsrsrsrsrsrs)

Galbraith Foi Encantado

No dizer do saudoso Pedro Nava, as pessoas que não morrem, elas se tornam encantadas.
John Kenneth Galbraith morreu ontem.

Ainda me lembro do excelente trabalho dele A Era da Incerteza, o qual virou uma série de programas.
Passou algumas vezes no Brasil pela antiga TV Manchete, TVE/Cultura e até mesmo Globo.

Galbraith contestou os modelos econômicos tradicionalistas e sempre defendeu que os benefícios de uma economia de mercado não atingem a todas as parcelas de uma sociedade.
Para ele os problemas sociais deveriam ser melhor resolvidos com base no maior investimento do Estado, devolvendo os impostos pagos sob a forma de atendimento às necessidades de um povo.
Obviamente que a corrente monetarista é contrária, acumuladora e combateu Galbraith até o fim.
Porém suas idéias sempre se mostraram muito lúcidas.
Com a administração Reagan de um lado do Atlântico e de Thatcher do outro, os governos passaram a abandonar o modelo de altos impostos para financiar os gastos públicos, usando a desculpa do aumento da inflação.
Conseqüentemente, o Estado passou a investir muito menos e, obviamente, o retorno social desceu a níveis ridículos.
Foram os monetaristas que sopraram pelo mundo os ventos das chamadas privatizações.
O Brasil também seguiu isso... e resultado: hoje a Embratel pertence ao México; a Telebrás perdeu patentes importantes e seu centro de pesquisa vive à míngua; a Cobra Computadores foi amordaçada e a lucrativa Vale do Rio Doce passou a engordar a um empresário.
E isso sem nenhuma indenização ao povo que construiu tudo.

É lamentável, mas absolutamente não melhorou em nada as nossas vidas.

Já tô sentindo saudades do professor John Kenneth Galbraith.

sexta-feira, abril 28, 2006

Imposição Sobre a Nossa Renda

O próprio nome Imposto de Renda é uma grande piada que aplicam em todos nós.
Primeiro porque o salário de 90% dos brasileiros está muito aquém do status de Renda.
É só um salário mesmo. E muito muquirana. Mal dá pra se viver, torcendo pro mês acabar antes, ou pelo menos junto, do salário.
Segundo porque o retorno social que todo imposto tem que concretizar é quase zero no Brasil.
É claro que o retorno existe. Mas só para a tchurma dos que recebem incentivo fiscal até pra comprar carro. Sempre dizem que é para investir e gerar empregos. Sei, sei... Alguém conhece um único exemplo real desse? Eu não sei de nenhum.
Terceiro porque cria-se uma infinidade de embaraços e dificuldades de interpretar o emaranhado de regras, códigos e dogmas para o que deveria ser um simples preenchimento de uma declaração. Obviamente que isso é de interesse da arrecadação, pois os erros justificam jogar um trabalhador na tal malha fina.
Talvez haja uma conspiração entre contabilistas e o Imposto de Renda. Pois os dois sempre ganham muito na época da declaração.

Agora imaginem que estou numa plataforma aqui entre Campos e Macaé, tentando digitar e enviar minha sofrida declaração de imposto de renda, num laptop, torcendo pra conexão não desabar e com o cheiro do mar já me incomodando.

O quê mais eu poderia pedir à vida, né?

Exceto o poder de tributar a própria Receita Federal... nada.

segunda-feira, abril 17, 2006

Mao Continua Atacando Tibet

Acabo de ler na BBC uma notícia tão pérola quanto aquelas que nascem em Brasília: a China vai mesmo erguer uma estátua (pasmem) de Mao Tsé-Tung no Tibet.
E pior: vai ser instalada em
Gonggar, perto da capital tibetana, Llasa.
Só faltava o abuso de erguer bem em frente à Potala.
O respeito aos valores alheios parece estar mesmo em extinção.
A gigantesca estátua do líder comunista, segundo a agência de notícias oficial chinesa, terá 7,1 metros e ficará em um pedestal de 5,1 metros, será a maior estátua de Mao na China e a primeira a ser erguida no Tibet.
O Tibet foi invadido e anexado pela China dois anos após a revolução comunista chinesa, em 1951, por ordem de Mao Tsé-Tung e sob o pretexto de libertar pacificamente o Tibet e promover reformas para abolir os mil anos de servidão vividos na região. Em 1959, o líder religioso budista Dalai Lama fugiu do Tibet em direção à Índia, onde vive até hoje como exilado.

Essa conversinha de "libertar um povo" volta e meia todos nós vemos.
Foi assim no Iraque, no Afeganistão, no Kosovo e no Viet-Nan.

As agruras de quem viveu o regime de Mao e todos os equívocos estão bem retratadas no filme Tempos de Viver (Zhang Yimou) que ganhou prêmio no Festival de Cannes de 1994.

Em uma palavra: absurdo