domingo, novembro 15, 2009

Geisy Já Encheu

Absurdos de Uma Época - Parte I

Como tudo o que a mídia cria, estufa, devora e mais tarde destrói, a situação da Geisy, a aluna absolutamente sem graça da Uniban, vai ficar ainda sendo requentada nos canais de notícias.
Já nem tanto em primeira página, mas certamente nas internas e nas mídias que suportam mais tempo uma notícia só.
Basta lembrarmos de Susan Boyle.
Foram dois meses de exposição.
Agora a imagem dessa guria vai ficar torrando a nossa paciência por quanto tempo mais ?

Que os alunos exageraram na manifestação e mereciam ser punidos me parece óbvio.
Que a Uniban se atrapalhou expulsando a aluna pra logo depois, e sem um argumento convincente, reformar sua própria decisão, que já era esquisitíssima, também não resta dúvida.

Até o programa Altas Horas levou Geisy para falar do caso.
Surpreendeu-me que a maioria da platéia de infantes claramente não aprovou nem a atitude dos alunos nem tampouco a postura da Geisy.

Sinceramente eu espero que esse assunto esteja sepultado e que a partir dessa semana a mídia mude o foco, pois esse já encheu o saco.
Até parece mais relevante do que o apagão.

Nos lugares onde eu estudei, e onde meus filhos estudam, esse fato nunca teria acontecido.
Por duas razões claríssimas:
a) uma que aluno que xingar qualquer pessoa dentro dos limites da instituição é punido automaticamente com suspensão de 7 dias. Se for reincidente leva 15 dias. Na terceira vez o risco de ser expulso é tão grande que não vale arriscar.
b) outra que uma aluna com uma roupa de festa não passaria nem na porta principal da instituição. Logo... não haveria o tumulto que se seguiu.

Disse a Geisy que "as pessoas devem poder vestir o que quiserem para ir onde quiserem".
Quero saber se ela vai a um casamento de biquini, ou se vai à praia de tailleur.
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domingo, outubro 18, 2009

Olimpíadas ou Olim-piadas ?

Não faz muito tempo que todo aquele movimento para levar o Rio de Janeiro ser escolhido como sede das Olimpíadas festejou como se fosse uma vitória de Copa do Mundo.
Li e assisti uma montanha de pessoas do poder público, da sociedade em geral afirmarem que os inúmeros benefícios da realização de jogos olímpicos na cidade irão melhorar a vida de quem vive ou trabalha no Rio de Janeiro.

Alguns, porém, alertavam de que o quesito segurança jamais poderia ser esquecido num evento dessa envergadura.
E outros lançaram dúvidas sobre a capacidade e seriedade de se arrumar tudo a tempo, como manda o figurino.
E olhem que faltam sete anos.
É tempo suficiente para se fazer o que quiser.
Desde que haja seriedade necessária.
É o que torcemos para acontecer.

Mas, segurança é coisa complicada em se tratando de Rio de Janeiro.
E esses acontecimentos que correram o mundo nessa semana, mostrando a fragilidade de uma cidade dominada pela bandidagem sem freio, começa a fazer muitos pensarem a respeito.

Essas imagens abaixo me fizeram lembrar várias cenas daquelas que assistimos durante as guerra no Iraque, o massacre judeu na Faixa de Gaza e outros.

Acho que as imagens já falam absolutamente tudo.

A tarefa de prover a cidade de segurança não será nada fácil.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Recaptura

Amigos,
acabo de conseguir recapturar meu blog de volta.

Algum espertinho do outro lado do mundo se deu ao trabalho de assumir ilegalmente o controle do meu blog.

Passei meses tentando fazer o caminho de volta e consegui.

Estou de volta ao comando dessa estação, hehehehe


Abraços

sexta-feira, junho 26, 2009

O Luto

Tenho um amigo que sempre falou que o mal de termos ídolos é que sempre eles nos deixam órfãos.

Michael Jackson, independente de eu gostar da música dele ou não, sempre foi muito bom, perfeito mesmo, no que fazia.
Senso cênico e cinematográfico para um show musical igual ao dele eu nunca vi.

Mas há reflexões sobre o Michael.
E a reflexão do Rafa é muito boa.
Eis aqui o link pra quem quiser ler:
- Michael Jackson e o confuso luto pelo patinho feio

Mais um se vai.

Menos um a gente tem.

quinta-feira, junho 11, 2009

Tamanho é Documento

Acabo de sair da casa de uma amiga que teve uma prima desaparecida no avião da Air France.
Eram primas muito chegadas, muito amigas mesmo.
A prima voltava para Bucareste via Paris. Quando eu fui, foi via Roma.
Contou-me que ainda não há uma hipótese considerada mais óbvia sobre a causa do acidente.
Mesmo os especialistas envolvidos nas buscas ou nas análises não conseguiram ainda definir o que aconteceu.

Nesse quadro, minha amiga se lamentou comigo dizendo que ninguém pode imaginar o tamanho da dor da família e dela própria.
E que ninguém pode saber o tamanho da dor de outra pessoa.
Pessoalmente, eu acho que ela tá certa.
Muito embora seja usual as pessoas dizerem "ah, eu imagino o tamanho do teu sofrimento", isso não é verdadeiro.
Não há como imaginar.
Apenas quem sente consegue.
E, nesse caso, tamanho é sempre documento.
E quanto maior o tamanho, mais trabalho dá.

Vejam essa situação o trabalhão que dá:



Qualquer vacilo e o tombo seria dramático.

Abraços

sábado, maio 30, 2009

Arquivos PDF

Creio que todos sabem que um arquivo de computador pertence a alguma categoria chamada de formato.
Há vários formatos possíveis.
Um formato muito conhecido é o ".doc" oriundo dos arquivos gerados pelo Microsoft Word.
Outro formato é o ".zip." gerado pelo Winzip.
Há os arquivos tipo ".pdf" que são os arquivos portáteis e lidos com programas do tipo do Acrobat Reader.
Esse formato ".pdf" (Portable Document Format) surgiu para que um arquivo pudesse ser visualizado em qualquer computador, independente da plataforma que estivesse sendo rodada.
Isso o torna portátil.
Além disso, ele não pode ser editado.
Isso remete à questão de se garantir certa dificuldade de alguém reutilizar ou alterar seu conteúdo.
Hoje todas as pessoas possuem um programa leitor de arquivos "pdf" no seu micro.

A novidade é que teu micro pode ser invadido por um simples arquivo texto em formato ".pdf".

Especialistas em segurança tanto da Symantec como a Shadowserver Foundation alertam que há uma falha de segurança que afeta a versão 9 do Adobe Reader e Acrobat.
Segundo a Shadowserver, a brecha na segurança pode ser explorada em sistemas rodando Windows XP com Service Pack 3.
Um ataque do tipo estouro de pilha pode ser realizado apenas com a abertura do PDF, dando aos invasores o controle do micro.

Explicando um ataque estouro de pilha: - a idéia do ataque é “estourar” a pilha para que os dados que “vazarem” sejam executados como código pelo processador.
Imagine a pilha como uma garrafa de refrigerante.
O que acontece quando você colocar mais refrigerante do que cabe na garrafa?
A garrafa vai ficar cheia e o refrigerante vai derramar. No computador, esse “derrame” acaba caindo como código que vai ser executado no processador.
Os ataques de estouro de pilha fazem com que a pilha não tenha espaço para guardar todos os dados que são enviados e “derrame” os supostos ‘dados’ no processador para execução.
Daí é que são executados os códigos maliciosos (worms, etc.) infectando o micro todo.

Podem pensar bem porque é isso mesmo.
Não se pode mais ficar desatento e ir abrindo arquivos ".pdf" assim impunemente.
Um portão para um invasor executar um código malicioso e assumir o controle do teu micro poderá estar sendo aberto.

E não se pode cair no erro de raciocínio de que "se tenho antivírus tá tudo resolvido".

Não necessariamente.

A palavra de ordem é cautela por onde navega.
Cuidado com que executa no micro.
Atenção com o que recebe por e-mail.

Espero que nenhum dos meus amigos, leitores e periféricos durmam de touca.
Estejam alerta.

Abs

sexta-feira, maio 22, 2009

Celebração Para Santa Sara

Estou me preparando para a celebração do dia 24 de maio, domingo próximo: dia de Santa Sara.
E tenho absoluta fé que, em 2010, estarei em Saintes-Maries-de-La-Mer para uma grande celebração, junto com minha família.

Eis uma breve história sobre Santa Sara:
Calcula-se que foi por volta dos anos 50 d.C. que uma barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o Mar Mediterrâneo a partir de terras Palestinas levando a bordo, para fugir das perseguições de Roma aos primeiros cristãos, um grupo de personagens bíblicos: Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé e José de Arimatéia, junto com Sara, uma cigana negra, serva das mulheres santas.
Foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Vagaram à deriva por muito tempo.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar.
Daí, então Sara retira o diklô(*) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria serva de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem rumo acabou por aportar em Petit-Rhône com todos salvos.
Petit-Rhône hoje é a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer.
Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Daí, nasceu a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço).

Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 ou 25 de maio, dependendo do ponto do planeta.
Ocorre procissão e festejos com banhos no mar.
A imagem de Santa Sara é vestida de azul, rosa, branco e dourado, adornada de flores, jóias e lenços coloridos e levada para as águas do mar.
Após o banho de mar, a imagem, volta ao altar onde os que participaram da procissão possam pedir suas graças.
Muitos buscam nos olhos de Santa Sara a obtenção das graças, pois nos olhos de Santa Sara, tudo está contido: a força de Deus, a força da mãe, a força do amor da irmã e da mulher, a força das mãos, a energia, o sorriso, a magia do toque e a paz.
E assim, todos que buscam graças no seu olhar, retornam sempre aos pés de Santa Sara para agradecer.
Embora seja uma santa da igreja católica canonizada no século XVII, até hoje a própria Igreja omite o seu culto.
As razões são óbvias.
Além de trazer saúde e prosperidade, Santa Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar.
Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô, o mais bonito que encontrassem.
E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.

Em 2006 foi inaugurada uma gruta em Santos (SP) onde há uma imagem de Santa Sara Kali.

A SEDH (Secretaria Especial dos Direitos Humanos) até tentou ajudar criando uma espécie de cartilha que traz os direitos que o governo passa a garantir aos ciganos.
Por exemplo, passou a ser proibido e crime um posto de saúde se negar a atender um cigano.
E isso acontecia sempre.

Entendo que esse é um primeiro passo.
Depois de milênios de perseguição e chacinas pelo mundo, o planeta deve muito a todos os ciganos.
Tá na hora de começar a resgatar tudo.
Sempre pacificamente.

(*) lenço

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