domingo, maio 18, 2008

Amazônia. Todos querem.

Não faz muito tempo que o general Augusto Heleno foi criticado pelo próprio governo em função de suas declarações sobre a demarcação de terras indígenas na fronteira.
E os argumentos do Sr. Heleno são imbatíveis no que diz respeito à proteção e vigilância de nossas fronteiras.
Por lá, sem fiscalização militar, pode entrar toda a sorte de contrabando: drogas, armas etc.
Assim como pode sair também: drogas, armas, escravas, crianças raptadas, além de inúmeras riquezas minerais, vegetais e animais.
O general Heleno estava certo em querer uma rediscussão da política para a Amazônia, incluindo a presença das forças armadas na fronteira.
Isso sem afetar ou diminuir as áreas já definidas como reservas indígenas ou mesmo aquelas que fazem parte da tentativa de desenvolvimento sustentável.
Sobretudo, porque os nossos índios não constituem força militar com os requisitos para defender nossas fronteiras amazônicas contra todo o tipo de bandidagem e de quadrilheiros.
Agora até o New York Times sai atirando que "um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território".
Não sei se classifico isso como uma piada ou como uma constatação de nossa incompetência em cuidar verdadeiramente da Amazônia.
E essa história vem de longa data.
O governo militar (que já foi tarde) inventou uma tal Transamazônica com a desculpa de garantir a Amazônia brasileira.
Inaugurada em 1972, hoje é uma bela pista de lama chamada BR-230.
Qual influência nesse processo terá o novo ministro do meio ambiente?
Sabe Deus.
O fato é que os olhares da cobiça internacional estão cada vez mais aguçados.
Se nós, o povo brasileiro, patrão de todos os servidores públicos de mandato eletivo, não tomarmos consciência disso, o futuro da Amazônia poderá ser uma provável desertificação, após uma parada no óbvio estágio de enriquecimento do grande capital internacional.
Sempre com a desculpa de "defender aquele pulmão do mundo".
Essas desculpas, tão esfarrapadas quanto cretinas, são da mesma família da desculpa de "estamos salvando este povo" que os americanos usaram para justificar as chacinas no Vietnã.
Esse governo brasileiro tem que acordar e fazer algo a respeito.
Não adianta ficar criando reservas imensas na fronteira desguarnecida, nem fazer olhos cegos para grilagem e o desmatamento desenfreado.
Depois de uma eventual tragédia, não vai adiantar nada ficarem uns atirando a culpa sobre outros. Muito menos se lamentar dizendo que a tia Marina tinha razão.
O engraçado é que o Brasil não vai questionar o governo alemão sobre a preservação da floresta negra, nem tampouco vai aos americanos cobrar que deixem o Alaska sem exploração comercial para salvar aquele bioma.
Está na hora de eles pararem de encher a nossa paciência.

1 Canetadas:

terça-feira, dezembro 30, 2008 7:15:00 PM, Blogger ordenacaomanoelina disse...

Nao adianta continuarmos miopes e nus enganarmos achando que a sobriedade e o respeito gerem as coisas temos visto as coisas mais absurdas por muito menos que uma amazonia continental.
O pais que tem um patrimonio como esse deve tambem ter um patrimonio nuclear

 

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