sábado, novembro 04, 2006

Contradições


Quando os Estados Unidos convenceram alguns outros países a formar uma coalizão para invadir o Iraque e depor o presidente Saddam Hussein, usou como fundamento a argumentação de que Saddam tinham armas biológicas de destruição em massa; de que era um cruel e perverso ditador e de que mantinha estreitíssimas ligações com Osama Bin Laden.
Não era bem assim.
Recentemente a própria CIA admitiu que Saddam não tinha nenhuma arma biológica de destruição em massa.
Nem tampouco qualquer ligação tão estreita assim com Osama Bin Laden.
E muito menos teve participação nos atentados de 11 de Setembro.
Embora que provavelmente ele tenha festejado.

Em todos esses anos de guerra, Saddam era chamado pelos americanos de presidente Saddam e não como ditatdor, como a partir de 1991.
Curiosamente, nessa época o Afeganistão estava ocupado pela URSS e os EUA municiavam os guerrilheiros mujahedin, que implantaram o Talibã, com liderança de Osama Bin Laden.
Não dá pra entender essa ciclotimia de política externa de certos países.

Nos dias de hoje, o Paquistão é uma ditadura demolidora.
Eles possuem bomba atômica e ameaçam um conflito na fronteira com a Índia por conta do domínio da Caxemira.
Mas, com tudo isso, os EUA gostam da ditadura paquistanesa e, sobretudo, não ficam forçando resoluções da ONU para aplicar sanções ao Paquistão.
A norma deveria ser: pau que dá em Chico tem que dar em Francisco.

Segundo observadores do julgamento de Saddam, mesmo que ele seja condenado à morte o descontrole da violência no Iraque não vai mudar.

A história nos cochicha diariamente que nenhuma atitude alucinada e psicótica de um país fica imune às conseqüências, que cedo ou tarde sempre se apresentam.